Muitos pais ou tutores, ao tomarem decisões sobre a Educação das crianças, já devem ter se perguntado: qual é a hora certa para começar a aprender inglês? Não existe uma resposta exata para essa questão. Contudo, diversas pesquisas apontam que é na primeira infância que as habilidades linguísticas se desenvolvem mais rapidamente. As crianças têm a capacidade de absorver novos conhecimentos como verdadeiras “esponjas”.
No caso do inglês essa facilidade pode ser ainda maior, uma vez que ele está por todos os lados: nos smartphones, nos meios de comunicação, nas propagandas e até incorporado na nossa própria linguagem. Estima-se que atualmente o idioma seja falado por mais de 800 milhões de pessoas no mundo, entre nativos e não-nativos, por isso é considerado universal.
Confira as cinco principais razões para aprender inglês na infância:
A aprendizagem de um novo idioma requer da criança uma nova estrutura linguística, com novos sons e novos significados. Estudar um segundo idioma na infância estimula as funções cognitivas de forma constante, o que tem reflexo inclusive na aprendizagem de outras disciplinas na escola.
Aprender um segundo idioma na primeira infância torna-se mais fácil pois nesse período a criança ainda está no processo de apropriação do código linguístico da sua língua materna. Um dos obstáculos na aprendizagem de um segundo idioma é que muitas vezes utilizamos a estrutura de nossa língua como base para entendermos uma outra. Sabemos que muitas coisas podem ter uma correlação, como os falsos cognatos, por exemplo, mas em uma estrutura geral da língua, a comparação nem sempre será benéfica. Uma vez que a linguagem na primeira infância não está, ainda, concretamente associada à fonética, semântica e sintaxe de um idioma em especial, no caso o idioma materno, a aprendizagem de uma segunda língua se torna mais fácil, pois a apropriação dessas estruturas citadas anteriormente irão ocorrer quase que concomitantemente com a língua materna.
Na vida adulta, o domínio da língua inglesa é exigido por diversas razões, sobretudo na busca por um emprego ou para conseguir se comunicar em uma viagem internacional. Por isso, a pressão para aprender um novo idioma nesta fase da vida é muito maior e exige ainda mais dedicação.
Quanto mais cedo uma criança é exposta ao inglês, maior sua capacidade de comunicação com pessoas de outros países e maior o acesso a conteúdos de livros, revistas, filmes, séries, músicas, aulas e publicações científicas.
Uma vez que a organização de determinado idioma reflete uma maneira de enxergar o mundo, aspectos culturais estão diretamente ligados à aprendizagem de um idioma. O conhecimento desses aspectos culturais, além de expandir diversos conhecimentos na criança, age também como um facilitador na sua comunicação, pois possibilita uma maior compreensão do mundo, por meio de outras perspectivas.
Isso se torna ainda mais relevante se considerarmos o fato das tecnologias proporcionarem troca de informações de maneira global, ocorrendo inclusive a nível cultural, envolvendo e influenciando valores morais, comportamentais e crenças, originando uma cultura global. O Brasil por sua extensão territorial apresenta diferentes tipos de culturas regionais, cujas particularidades são ainda mais acessíveis, e agora, também somos impactados em âmbito mundial.
Se hoje o inglês já extremamente importante, no futuro ele será ainda mais. Na medida em que novas profissões tecnológicas vão surgindo, sobretudo aquelas que envolvem inteligência artificial, indústria 4.0, computação em nuvem e plataformas e-commerce, um idioma que seja comum a todos vai se tornando cada vez mais necessário.
Ter o domínio de um segundo idioma, é um grande diferencial para o currículo. Para algumas empresas e cargos, é uma exigência. Segundo especialistas das áreas de recursos humanos, pessoas que possuem fluência em inglês são mais bem remunerados, inclusive permitindo o crescimento profissional, uma vez que o indivíduo se encontra mais capacitado para assumir cargos mais importantes.
Ainda que muitos linguistas consideram o inglês uma língua fácil de ser estudada, os brasileiros apresentam dificuldades em avançar nos níveis. É baixo o percentual de proficiência no Brasil e há quem atribua as taxas tímidas aos processos educacionais desatualizados e com aulas pouco adaptadas às carências individuais do estudante.
O ensino de um idioma ainda na infância tem que começar com uma introdução e uma adaptação naturais, por etapas, e, recomenda-se, com recursos lúdicos e criativos. É preciso aguçar na criança a curiosidade e o desejo de experimentar, entendendo suas necessidades e o seu jeito particular de aprender.
Referências:
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/multiculturalismo-educacao.htm