A personalidade de um indivíduo é aquilo que o torna único. Basicamente, é o modo que cada um tem de pensar, agir e sentir. Todos nascem com particularidades e características positivas, que podem ser desenvolvidas ao longo dos anos. Os estímulos psicológicos, cognitivos, sociais, emocionais e até físicos são grandes aliados desse processo.
De acordo com a historiadora Drew Gilpin Faust, presidente da Universidade de Harvard, existem dois fatores determinantes para educar seu filho de modo a incentivá-lo a ter liderança. O primeiro diz respeito ao reconhecimento dos interesses e paixões, que devem ser motivados e potencializados. O segundo é relativo às questões comportamentais internas e externas. As internas dizem respeito às características genéticas, que ditam o comportamento de cada pessoas mediante uma situação, e a externa, são as influências e estímulos comportamentais e observacionais que as crianças recebem dos pais.
Curiosidade
Na infância, a curiosidade é o grande motivador de novos conhecimentos e experiências. O aprendizado é constante e diário. E é uma habilidade que precisa ser incentivada para que, nas outras fases da vida, não se perca. Quando adultas, as pessoas muitas vezes presumem que já possuem o conhecimento sobre determinado assunto e deixam de buscar informações, de se aprofundar.
Ao mantermos ativa a curiosidade, sempre estaremos aprendendo coisas novas e vivendo novas experiências. E troca desses quesitos é muito importante para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Criatividade
Assim como a curiosidade, a criatividade das crianças é infinita! Elas erram e acertam porque ainda não possuem o medo de tentar. Exploram o mundo com uma imensa imaginação. Chegam a soluções criativas para os problemas justamente porque testam e alteram seus comportamentos e resoluções.
E no mercado de trabalho atual, o que as empresas mais procuram são profissionais que tenham a capacidade de utilizar a criatividade para gerar soluções variadas, muitas vezes mais rentáveis. Porém, por vezes as ideias inovadoras e transformadoras serão reprovadas. E por isso, herdamos o medo de tentar pelo receio da rejeição. Nos acomodamos e deixamos de buscar maneiras alternativas para a resolução dos problemas.
Transparência
É por meio de um diálogo transparente que os pais podem mostrar aos filhos as regras de convívio em sociedade e a importância de respeitá-las. Neste caso, o desafio é encontrar um ponto de equilíbrio, evitando os extremos, para que as crianças entendam o porquê de fazer determinadas escolhas ou de assumir comportamentos.
Coragem, autonomia e autoconfiança
É possível intensificar os sentimentos de autonomia, coragem e autoconfiança ao evitar criar rótulos em torno de um eventual fracasso e ao mostrar que o medo do desconhecido, apesar de normal, sempre pode ser superado. Assim, a criança vai aceitar novos desafios e se sentir mais pronta para o que virá pela frente.
Humanismo e empatia
Ensinar o exercício da empatia e promover a socialização com diferentes pessoas faz com que a criança aprenda com as diferenças, pratique a tolerância e respeite a diversidade entre os etnias, culturas, ideias, pensamentos, comportamentos e estilos de vida.
Diversas instituições de ensino já começaram a abordar o autoconhecimento entre os estudantes. Algumas incluem em suas atividades momentos para que as crianças e o jovens conversem sobre seus sentimentos de forma coletiva. Outras adotaram a dinâmica do ‘termômetro de humor’, em que a criança é encorajada a dizer como está se sentindo naquele dia.
O Center on the Developing Child, em Harvard, que estuda desenvolvimento infantilpublicou um guia voltado aos pais, professores e cuidadores para estimular, em crianças de todas as idades, as conhecidas “habilidades para a vida” (confira aqui). O material traz dicas de diversas atividades, simples e acessíveis, de acordo com faixas de idade específicas.
Quando levada a situações que estimulem o autoconhecimento e a troca de experiências, a criança vai demonstrando sua personalidade e suas principais características. A partir daí, é possível pensar em uma linha educacional, tanto em casa quanto na escola, capaz de fortalecer suas principais potencialidades.
Referências:
https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,como-ensinar-empatia-as-criancas,70001724193
https://www.bbc.com/portuguese/geral-43577511
https://blog.tenhaumaeidea.com.br/lideranca-4-habilidades-uteis-criancas-para-reviver/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade