Metodologias ativas: como elas favorecem a aprendizagem?

A partir de situações reais que colocam o estudante no centro da aprendizagem, considerando o seu ritmo e as suas particularidades, as metodologias ativas vêm se tornando aliadas da Educação para estimular a capacidade de ação, o pensamento crítico, a proatividade, a colaboração e a autonomia.

No contexto do conhecimento e com o apoio das tecnologias digitais, as metodologias ativas são processos inovadores que estimulam o estudante a pensar “fora da caixa”, a desenvolver e testar alternativas, a absorver novos conteúdos e a criar estratégias para resolver a problemática apresentada.

Você conhece as principais metodologias ativas? Sabe como elas ajudam a transformar a Educação? Confira abaixo!

Metodologias ativas, o novo jeito de aprender

Professor Doutor em Educação, José Morán, em seu artigo ‘Mudando a educação com metodologias ativas’, faz uma análise importante sobre o tema: “O método tradicional prioriza a transmissão de informações e tem sua centralidade na figura do docente, no método ativo, os estudantes ocupam o centro das ações educativas e o conhecimento é construído de forma colaborativa. Assim, em contraposição ao método tradicional, em que os estudantes possuem postura passiva de recepção de teorias, o método ativo propõe o movimento inverso, ou seja, passam a ser compreendidos como sujeitos históricos e, portanto, a assumir um papel ativo na aprendizagem.”.

Aprendizagem Baseada em Projetos

Com o objetivo de fazer com que o estudante aprenda por meio da resolução colaborativa de desafios, utilizando a tecnologia e outros recursos a seu favor, surgiu a Aprendizagem Baseada em Projetos (ou project based learning, em inglês). Nessa metodologia, o estudante é estimulado a desenvolver habilidades de investigação, reflexão e criação diante de um desafio, sem que o educador exponha todo processo a ser trabalhado. Aqui, um bom exemplo é o movimento maker, que propõe o ‘faça você mesmo’.

Instrução pelos pares

Criada na Universidade de Harvard, pelo professor Eric Mazur, a Instrução pelos pares estimula o estudante a buscar o conhecimento de forma autônoma. Apoiado em leituras pré-aula relacionadas ao tema proposto, o educador lança um debate entre os alunos, levantando questões conceituais baseadas nas dificuldades do grupo. Dessa forma, os ambientes de aprendizagem estimulam o auxílio mútuo entre os estudantes. Uma das mais importantes universidades do mundo, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, é adepta da metodologia.

Mentalidades Matemáticas

Para muitos especialistas, o problema da matemática está na forma como ela é ensinada e não nos números. Com a ajuda de uma metodologia ativa, aprender matemática e outras ciências exatas pode ser um processo mais leve e fluído. Foi isso o que descobriu a pesquisa britânica Jo Boaler, criadora das Mentalidades Matemáticas. Ela propõe aulas que, tendo o estudante como protagonista, abram espaço à experimentação, à experiência e à autonomia, de um jeito em que seja possível ‘brincar com números e formas’ sem medo de errar.

Sala de aula invertida

Inicialmente, o nome pode causar alguma confusão, mas o conceito de Sala de aula invertida sugere, de forma simplificada, que o estudante tenha um conhecimento prévio dos conteúdos, especialmente online, para que o tempo em sala de aula seja otimizado. Dessa forma, o estudante tende a ser mais participativo e mais planejado. Esse método é estudado desde os anos 1990, mas começou a ganhar espaços nas instituições de ensino norte-americanas em 2007 graças ao trabalho de pesquisadores em pedagogia.

A youtz incorpora em seu processo de aprendizagem diversas metologias, entre elas, as metodologias ativas. Isso para que o estudante encontre a maneira mais adequada de aprender e absorver os conteúdos, individualizando e personalizando este processo. Além de torná-lo divertido, leve e prazeroso.

 

Referências:

https://novaescola.org.br/conteudo/11897/como-as-metodologias-ativas-favorecem-o-aprendizado

https://desafiosdaeducacao.com.br/3-metodologias-para-apostar-em-2018/

http://revistathema.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295

http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf