Para muitos pais, chegar ao fim do ano e encarar a notícia de que o filho foi reprovado na escola é uma circunstância difícil de lidar. Às vezes, parece inevitável pensar que foi um ano letivo perdido. Mas a forma como você reage a essa situação faz uma diferença fundamental para o futuro dele.
Provavelmente, todo mundo teve algum colega que quase “rodou” de ano, ou até mesmo aquele que foi reprovado. Os sentimentos nesse momento são muitos e deixam o estudante ainda mais confuso! Perder os colegas de classe, refazer todas as matérias novamente (inclusive as que não foi reprovado), conviver com os mesmos professores após a reprovação, entre outros fatores, fazem com que essa experiência seja extremamente negativa para ele. Por isso é preciso ter calma e saber como lidar com a situação, para que ela não tenha tanta influência no futuro dele.
Por trás de uma reprovação escolar, existem vários aspectos que precisam ser analisados. E eles vão desde problemas familiares e imaturidade a particularidades no ritmo de aprendizagem. Nessas horas, há quem responsabilize a própria criança ou adolescente pela repetência. Mas também há quem coloque a culpa na instituição de ensino. E se o problema for outro?
É preciso refletir, investigar e conduzir com sabedoria essa nova fase da vida do filho. Tudo o que o estudante precisa, neste momento, é de apoio e compreensão. É possível ajudá-lo a refazer o caminho do aprendizado com mais comprometimento e entusiasmo. Confira:
As competências socioemocionais também são de responsabilidade da família, incluindo aquelas doses de autoestima. Comparações com colegas de classe, por exemplo, podem gerar conflitos internos, assim como punições e palavras que expressam a sensação de fracasso, vergonha ou decepção.
Obviamente, a tendência dos pais é pensar no esforço e tempo “desperdiçado” (como levar e buscar do colégio), na parte financeira (valores e investimento em escolas, cursos, etc.) e também na falta de responsabilidade por parte do estudante, pois como alguns pais dizem: “Passar de ano é obrigação!”.
Porém, é necessário primeiramente buscar compreender os motivos de tal reprovação, que podem ser muitos. Às vezes, essa ação pode até ser uma maneira de o estudante chamar a atenção, pois ele pode ter dificuldade em lidar com algo que esteja passando ou sentindo no momento, e a não resolução, acaba sobrecarregando suas emoções, gerando insegurança, medo, frustração, etc.
Depois de identificar os problemas, ficará mais fácil superar os mesmos, evitando que eles se repitam no ano seguinte. Entre eles, é de extrema importância estar atento se depressão, ansiedade, entre outros fatores, não tiveram influência na desmotivação, impedindo seu desenvolvimento. Por vezes, essas questões não são tratadas com a devida importância.
Também é muito comum as crianças ficarem desinteressadas quando não são desafiadas da maneira adequada, caso recorrente principalmente nos hiperativos, que necessitam de muita motivação para conseguir manter o foco na atividade. Como vimos, são diversos fatores que podem causar a reprovação. Identificar o problema é meio caminho andado para solucioná-lo.
Apoiar o jovem é diferente de “passar a mão na cabeça”. Buscar o diálogo, tentando compreender seus sentimentos, pode ser uma boa forma de acolhimento, bem como mostrar que ele terá uma nova oportunidade de aprender mais sobre aqueles conteúdos.
Ao longo do ano letivo, a escola precisa sinalizar que o estudante está apresentando dificuldades e baixo rendimento e, portanto, buscar juntamente com os pais as soluções para ajudar o estudante.
Em ambientes muito competitivos, quem apresenta déficit de atenção costuma ficar para trás e acaba desenvolvendo um sentimento de inferioridade e incapacidade. Por isso, vale pesquisar instituições e organizações que apresentam um suporte pedagógico satisfatório para o estudante. Se a escola não oferece o devido suporte, talvez seja a hora de considerar outras alternativas, como as escolas de educação complementar.
A escola mais adequada é aquela em que a criança ou adolescente aprende e se sente cada vez mais motivado e valorizado. Se você tem dúvidas sobre como tomar essa decisão, confira esse post no youtz blog.
Algumas medidas podem ser tomadas para ajudar a intensificar o aprendizado e o plano de estudos é uma delas. Uma dica é utilizar ferramentas visuais de organização, que pode ser tanto uma planilha no Excel ou desenhada em um caderno.
Ali, é possível montar um planejamento de estudos em torno da rotina do estudante, fazendo a distribuição de horários de acordo com os conteúdos que precisam ser reforçados. O recomendando é dedicar ao menos 30 minutos e no máximo 2 horas de estudos diários livres, fora da escola.
E para não cair na rotina, vale buscar também formas criativas e dinâmicas de assimilar o conteúdo, seja por meio de um game educativo, de uma visita a um museu ou assistindo a um filme. Afinal, é perfeitamente possível aprender e se divertir!
Apesar de protagonista no processo de ensino-aprendizagem do estudante, a escola não é capaz de dar resultados se os pais não participarem ativamente da vida do filho. A repetência do estudante impacta todo o ambiente familiar.
E talvez seja o momento de rever alguns hábitos e criar uma rotina em que a aprendizagem seja amplamente valorizada e priorizada. E mesmo com o dia a dia apertado, cheio trabalhos e compromissos, acompanhar de perto a trajetória escolar da criança ou do adolescente é o melhor caminho para ajudar em seu desenvolvimento pedagógico e ajudá-lo a subir mais um degrau.
Referências: